4. Liderança e colaboração efetiva
Aquando da mudança para um novo cargo ou incorporação numa equipa interdisciplinar, os papeis de liderança e as declarações de missão são, frequentemente, bem definidas. Quando as equipas não demonstram estas características pode-se criar uma experiência causadora de ansiedade. O passo mais importante talvez seja o alcance de uma cultura de confiança dentro da equipa o que requer tempo (e.g., talvez os outros membros tenham que compreender como as suas forças, competências/conhecimento e a sua personalidade se encaixam na equipa). Depois de criada uma verdadeira cultura de confiança, a utilização deste enquadramento pode ajudar na identificação de barreiras adicionais. Se as barreiras estão a impedir a criação de uma cultura de confiança (i.e., desafios de liderança, falta de sistemas que promovam a prática interdisciplinar), pode ser benéfico lidar com estes passos com o seu líder de equipa ou administração.
Algumas equipas podem acreditar ter dominado cada uma destas competências, mas podemos sempre continuar a melhorar as nossas práticas (i.e., avaliar a qualidade e os resultados através das opiniões). Para muitas equipas, uma área de melhoria inclui os iguais contributos dos membros da equipa. Thylefors (2012) realizou um estudo onde analisa as estruturas das equipas interdisciplinares em quatro setores incluindo cuidados de saúde ocupacionais, cuidados psiquiátricos, reabilitação e cuidados de saúde escolares. Através de um questionário e da observação do trabalho de equipa simulado, descobriram a existência de uma hierarquia profissional de dominância verbal com (1) psicólogos, médicos, professores e assistentes sociais a dominarem as atividades de equipa, depois os (2) terapeutas (i.e., psicoterapeutas, profissionais de saúde auditiva), e, no fundo da hierarquia os paraprofissionais.
Os paraprofissionais foram os menos comunicativos no estudo, no entanto estes profissionais, frequentemente, têm a maior experiências e conhecimento no que se refere ao cliente (com exceção dos pais/cuidadores). O enquadramento delineado por Nancarrow et al. (2011) pode ajudar-nos a melhorar estas práticas e aumentar o nosso trabalho de equipa. Estes estudos indicam que o trabalho de equipa vai para além da partilha de objetivos ou progresso; o trabalho de equipa trata do alcance de uma visão partilhada e de pessoas competentes, com competências e que desejam alcançar algo mais em conjunto. Pense no “melhor momento de trabalho em equipa” que lhe foi pedido para recordar quando começou a ler esta publicação. Esperamos que utilize esse momento e as orientações criadas por estes estudos para avaliar a sua atual prática de equipa. Como é que a sua equipa promove a colaboração ativa e a discussão entre cada profissão? Tem um igual contributo de todos os membros da equipa?
Fonte: Interdisciplinary Teamwork Skills and Competencies – Communication Matrix