CASO/EXEMPLO LOCAL
Amlogy – Realidade Aumentada na Educação
A Amlogy é uma empresa de Vienna especializada em realidade aumentada (RA). Fundada em 2016, a empresa tem hoje 5 funcionários. Para além do negócio baseados em projetos de criação de soluções com base em RA para diferentes tipos de clientes, da maquinaria para turismo à moda, a empresa criou, também, uma outra marca para a utilização da RA na educação (www.areeka.net). Em estreita colaboração com editoras de livros escolares, escolas, professores e programadores externos em modelos 3D e animação 3D, foi criada uma rede de cocriação que cria atualmente mais de 20 produtos por ano. Para além disto, a Amlogy criou, ainda, todo um ecossistema onde os parceiros externos com simplesmente enviar as suas ideias, por exemplo, para novos conteúdos educativos ou livros em RA, os quais podem ser desenvolvidos em conjunto utilizando a tecnologia da Amlogy e vendidos ao público num modelo de receita partilhada.
Através da democratização destes processos, a Amlogy tornou-se líder de mercado nesta área, na Europa central e encontra-se, atualmente, em expansão para novas áreas. Para além disto, os parceiros da Amlogy afirmam que os benefícios incluem a facilidade de implementação, os benefícios operativos (tais como professores com acesso a uma vasta base de dados de modelos 3D existentes para seu próprio material) e o acesso às tecnologias mais recentes. Para a Amlogy, o benefício não é apenas a receita adicional, mas através da colaboração próxima com os utilizadores (i.e. professores e educadores), os clientes (normalmente as escolas) e os programadores alcançam uma muito melhor compreensão das exigências e do desenvolvimento dos problemas dos clientes atuais e futuros. As boas relações reduzem, também, a probabilidade da mudança dos clientes para novos concorrentes que apresentem preços um pouco mais baixos – já que os clientes aprenderam o suficiente acerca do valor acrescido de tais colaborações interorganizacionais.
Colaboração entre uma PME e uma universidade – como e porquê correu mal
Por razões óbvias, não são revelados nomes neste caso…
Estamos no início dos anos 2000. Uma PME austríaca está a desenvolver uma nova ideia na área da saúde em linha (eHealth) – uma app que deteta, através do hálito, doenças das pessoas tais como a DCOP assim como sintomas de stress e burnout. O desenvolvimento da app é feito pela própria empresa (15 funcionários), os sensores são comprados a um líder de mercado internacional.
O mercado está em rápido desenvolvimento assim como as soluções necessárias. Para ter melhor acesso aos mais recentes desenvolvimentos tecnológicos, a empresa decide criar um processo estruturado em conjunto com o fornecedor de sensores e alguns médicos. Uma Universidade de Tecnologia local foi convidada para a equipa de desenvolvimento interorganizacional. Um professor da universidade está muito interessado e oferece-se para envolver, também, alguns alunos de doutoramento e mestrado.
O primeiro passo foi a definição de uma visão geral e algumas regras para a inovação.
Até agora, tudo bem. Estão todos muito motivados e com vontade de avançar. Mas, após alguns meses, surge um problema: os parceiros movem-se a velocidades diferentes. Enquanto a PME está habituada a trabalhar com o Design Thinking, o Scrum e a regra dos 100 dias da Google (i.e. 100 dias desde a ideia original até ao produto mínimo viável), a universidade funciona por semestres. Os interesses pessoais dos parceiros levam, também, a problemas (psicológicos): enquanto a universidade estava interessada principalmente na publicação de artigos e na criação de alguns projetos financiados pela EU, o fornecedor de sensores estava disposto a disponibilizar informações sobre questões específicas, mas não tão disposto a participar em reuniões de desenvolvimento quinzenais.
Depois dos primeiros 3 meses de colaboração, a PME decidiu quebrar a colaboração uma vez que ainda não havia quaisquer resultados tangíveis…