Histórias motivacionais
História motivacional 1
- Capacidade para trabalhar com diferentes comunidades profissionais
1.1. Partilha de objetivos
Vejamos como um gestor partilha os objetivos empresariais!
Há duas semanas, o John foi selecionado como diretor do departamento de Tratamentos de Calor na fábrica DACIA Renault.
Durante 2 semanas, observou a equipa e reparou que a equipa não compreendia as atividades do plano, não respeitava os prazos e os procedimentos de trabalho e número de defeitos das componentes automóveis produzidas estavam a aumentar.
Na primeira segunda-feira da nova semana, ele agendou uma reunião com a equipa, composta por 25 membros.
O John começou com questões como:
- O que pensam do departamento no qual trabalham?
- O que é que se passa no vosso departamento, como descreveriam a situação?
Todos olharam para ele, mas ninguém respondeu. O John ficou surpreendido, mas continuou:
- Agora digam-me como é que vos posso ajudar e o que podemos fazer para vos apoiar?
- Houve algum objetivo que não conseguiram alcançar?
- Vamos recordar o tempo em que se sentiam muito motivados e produtivos. Que fatores influenciaram a vossa condição desde então?
Apenas duas pessoas responderam:
- Queremos saber qual é o planeamento para cada dia antes de começarmos o turno. Nós compreendemos que podem ocorrer urgências, mas se não soubermos, atempadamente, o que temos que fazer, não podemos planear as nossas atividades atuais entre nós, para garantir a continuidade. Estamos insatisfeitos por não sabermos exatamente o que será exigido a cada dia. Sentimos que estamos a trabalhar sem um propósito …
O John percebeu que a equipa não sabe o que fazer, quais são as atividades atuais que a equipa tem de assegurar permanentemente. Talvez, para a equipa, a mudança de diretor signifique, também, que seja alcançada uma mudança na forma de planeamento dos objetivos.
A partir daquele dia, ele começou a transmitir a tarefas permanentes com uma semana de antecedência, alocando, aproximadamente, o mesmo número de pessoas por tarefa com o mesmo nível de dificuldade e volume de trabalho; as tarefas urgentes foram definidas para serem trabalhadas por uma pequena equipa (2 membros). No final de cada semana, o John realizava curtas visitas e reuniões com os seus funcionários para saber o que precisavam e como estavam a correr as coisas. O John e a sua equipa compreenderam a importância de partilharem os objetivos empresariais para que a equipa funcionasse eficientemente! Desta forma, cada membro sabe o que fazer e como garantir o cumprimento do necessário bom funcionamento do departamento.
História motivacional 2
- Capacidade para trabalhar com diferentes comunidades profissionais
1.2. Discutir diferenças
O poder da capacidade de discutir diferenças
O Valentin é o novo responsável pelas Relações com Clientes de uma empresa de venda de automóveis elétricos.
Ele está muito entusiasmado com o seu novo cargo. O seu cargo anterior era, também, na área das vendas de automóveis, mas o Valentin desejava desenvolver uma rede para a venda de automóveis elétricos, os quais admira em termos de desempenho. Na entrevista de emprego, ele respondeu às questões do diretor regional, apresentando a sua visão de criação de uma área para teste de automóveis pelos futuros clientes e explicando porque escolheu tal área exclusivamente para clientes atuais e futuros. Quando começou a trabalhar, quis criar primeiro uma secretária de receção e uma área para teste do desempenho dos automóveis no espaço aberto da empresa. Mas ele descobriu que a empresa não tinha uma zona de teste para carros novos onde pudesse permitir que os clientes testassem modelos novos. A área existente estava desenhada, apenas, para a recolha de automóveis encomendados/pagos.
Beneficiando da boa impressão causada no diretor durante a entrevista, o Valentin marcou uma reunião com o diretor regional para lhe explicar o seu plano de reorganização da área disponível no exterior da empresa. O diretor não aceitou a proposta de reconfiguração do espaço exterior da empresa, do Valentin, tendo em conta que os automóveis poderiam ser encomendados e entregues sem ser necessário que os clientes os testassem antes. O diretor argumentou que a reconfiguração ou modernização do pátio envolveria custos adicionais para separar a área de depósito dos automóveis da área de entregas, e rejeitou a proposta do Valentin. Contudo, o Valentin não desistiu da ideia de criar um espaço de distribuição inovador que ofereceria testes completos e serviços de compra aos clientes.
Assim, ele apresentou a ideia a toda a empresa, a vários níveis de decisão e executivos: ao responsável pela receção dos clientes, aos condutores, às secretarias, ao serviço de compra de automóveis, a antigo responsável pelas relações com clientes. Da mesma forma, o Valentin discutiu a ideia com colegas e pares durantes as pausas de almoço e nas sessões de trabalho diárias. A sua ideia foi debatida todos os dias durante um mês inteiro, cada funcionário apresentando uma perspetiva diferente, pensando de forma diferente, tendo diferentes visões e ideias, surgindo com contributos diferentes em relação à organização do novo espaço: por exemplo, um sugeriu a criação de um mini café, outro pensou num miniparque, um sugeriu um miniparque de atividades para crianças enquanto os seus pais testavam os automóveis, e por ai fora. Todos perceberam que tinham ideias que, apesar de serem benéficas para os seus clientes, envolveriam custos adicionais e que estes poderiam ser rejeitados pelo diretor regional…
As opiniões dos funcionários foram reunidas resultando no redesenho do projeto, que incluiu: uma área de receção do cliente, uma área de descontração (para utilizar computadores portáteis ou telemóveis, ouvir música, etc.), um parque infantil, e, claro, um espaço para testar os carros antes de os encomendar. Esta proposta melhorada foi apresentada, novamente, ao diretor regional pelo Valentin, em nome de todos os funcionários.
O diretor regional analisou o novo projeto, vendo-o como um espaço inovador e moderno que poderia atrair novos clientes devido aos espaços que oferecia: descontração, teste e aquisição. Para utilizar o investimento mais eficazmente no arranho/redesenho do pátio, o diretor regional aceitou que apenas o rés-do-chão do edifício da empresa fosse utilizado, como sugerido pelo Valentin e pelos funcionários, como uma área de atividades interior para clientes, mas também para os funcionários e o e a área de testes e entregas fosse arranjada no exterior (assim, não seriam necessários custos suplementares). Ele sugeriu que, também, que se tentasse isto por 6 meses, depois, se fosse bem-sucedido e as vendas aumentassem, todo o pátio seria reconfigurado e utilizado para descontração, teste e empréstimo de automóveis.
Todos os funcionários concordaram com a nova proposta e apoiaram, unanimemente, para que o Valentin se tornasse responsável pelo projeto, sendo aquele que geriu, moderou e levou em conta todas as diferentes opiniões e sugestões para benefício de todos.